A falsa promessa do “só mais uma ferramenta”.
Quando a curiosidade vira compulsão… e a criatividade se esconde atrás de mais uma compra.
☕ O Combo da Semana
Sabe aquela sensação?
“Estamos a uma jogada de dar certo…
É só mais essa ferramenta.
Só mais esse curso.
Só mais esse aplicativo.”
Ouvi isso numa aula essa semana:
“Compra mil ferramentas que não usa e nem lembra que paga.
Isso é tipo uma bets. Vicia e você jura que não.”
E eu ri.
Porque é verdade.
E porque dói.
📎 Da última edição pra cá…
Na última carta, falamos sobre como olhar, contemplar e observar são formas de alimentar a criatividade.
Mas olha o que acontece depois:
a gente acredita que, para criar melhor, para produzir mais, para ser mais organizado…
precisa de mais.
Mais app.
Mais planner.
Mais IA.
Mais planilha.
Mais curso.
Mais… mais… mais.
E quando vê… não usa nada.
Nem a ferramenta.
Nem a criatividade.
Nem a própria curiosidade que te trouxe até aqui.
🖋️ A Frase que Fica
“Estamos a uma jogada de dar certo.
Só mais uma.”
(Ou será que… não?)
🧠 Ponto de Virada
Existe uma diferença brutal entre curiosidade ativa e curiosidade ansiosa.
A primeira abre possibilidades.
A segunda gera compulsão.
Curiosidade viva:
olha, pergunta, testa, conecta.Curiosidade ansiosa:
compra, acumula, não usa, sente culpa — e começa tudo de novo.
É a bets do desenvolvimento pessoal.
O cassino da produtividade — aquele onde você aposta que a próxima compra vai resolver o que, na verdade, só você pode resolver.
📎 Um Lembrete Simbólico
Talvez o que te falte não seja mais uma ferramenta.
É usar direito o que você já tem.
Ou, quem sabe… voltar pro básico: papel, caneta e presença.
🎯 Ecos
A ferramenta é só extensão da tua intenção.
Sem isso, ela é só peso.
E peso… não cria nada.
Só cansa.
Essa é a Frases que Ficam.
Onde criatividade não nasce de mil abas abertas… mas de uma mente que sabe fechar algumas e abrir espaço para criar.
Quer retomar o fio da conversa? Na edição anterior falamos sobre como o tempo de olhar também é uma forma de existir.
Trazendo verdade.
Muito interessante essa reflexão, descobri que estava praticando a curiosidade ansiosa. Quando parei de olhar pra próxima ferramenta que faltava, percebi o quanto eu já tinha e só precisava aplicar… deu certo!